Oito atitudes recomendáveis para promover a inclusão das pessoas com deficiência

Oito atitudes recomendáveis para promover a inclusão das pessoas com deficiência

Foto criada por Freepik

Promover a inclusão das pessoas com deficiência depende de políticas públicas e ações individuais para tornar o mundo mais acessível 

Promover a inclusão das pessoas com deficiência (PCD) depende de informação, autocrítica, um olhar cuidadoso sobre o que se sabe sobre o tema e a disponibilidade para aprender mais. A palestrante corporativa e motivacional Nana Datto lembra que, ao contrário do que diz o senso comum, as pessoas não são todas iguais, porém, possuem os mesmos direitos. 

Nana Datto é portadora de displasia óssea e conhece bem a realidade que as PCD enfrentam no dia a dia. “Uma pessoa com deficiência tem necessidades específicas, mas isso não quer dizer que ela não tenha os mesmos direitos das pessoas sem deficiência. Atender as necessidades das pessoas com deficiência é a maneira correta de garantir a elas os seus direitos”, explica. 

Por isso, Nana Datto defende que as políticas públicas são muito importantes para sanar a segregação das pessoas com deficiência e garantir a inclusão. “São elas que garantem o acesso de pessoas diversas às universidades, aos espaços de lazer e que participem efetivamente da  vida em sociedade”, destaca, lembrando que oferecer acesso, nesse caso, tem também um sentido literal: é preciso que os espaços físicos sejam equipados, por exemplo, com rampas, elevadores e outras ferramentas que garantam a todos o direito real de ir e vir. 

As políticas públicas são importantes, mas a inclusão depende também das pessoas. Por isso, Nana Datto listou oito dicas para ajudar a tomar boas decisões no convívio com pessoas com deficiência. “Com informação e empatia, é possível tornar o mundo mais inclusivo.”

Leia mais:

Como falar sobre inclusão para crianças

8 dicas para promover a inclusão de pessoas com deficiência

1 – Cuidado com seu olhar

Não olhe a pessoa com deficiência com estranhamento, desprezo ou preconceito.  Ao contrário, seu olhar precisa ser empático e humanizado. O “diferente” sempre gera curiosidade, mas não esqueça que a pessoa com deficiência enfrenta esse tipo de situação todos os dias e pode não se sentir à vontade com olhares incômodos. Lembre-se: todas as pessoas são diferentes, únicas e devem ser tratadas com respeito. 

2 – Quando oferecer ajuda a uma pessoa com deficiência?

Nana Datto é enfática nessa resposta: ofereça ajuda apenas quando a pessoa pedir ou se você tiver certeza que ela realmente precisa, como no caso de situações perigosas ou muito estressantes. Na dúvida, siga os mesmos critérios que você adotaria com uma pessoa sem deficiência. Evite, ainda, infantilizar a pessoa na hora de oferecer apoio ou chamá-la de “coitada”. 

3 – Não expresse comportamentos de piedade ou dó

Nenhuma pessoa com deficiência  em situação de exclusão social é digna de dó. Pelo contrário, ela necessita de políticas públicas que a protejam e de uma sociedade que a respeite. Por isso, Nana orienta a ter cuidado com os olhares, palavras e atitudes, evitando a pena e também o deboche. Ninguém gosta de entrar em um ambiente público e ser excluído, por isso, antes de se referir a uma PCD, questione: e se fosse comigo?

4 – Entenda que você pode torar o mundo mais inclusivo

Não é preciso ser uma pessoa com deficiência para lutar por um mundo mais acessível e diverso. Entre na batalha da inclusão e promova a acessibilidade e a visibilidade dessa parcela da população. As pessoas com deficiência já têm sua própria voz, mas precisam de espaço para que ela ecoe. 

5 – Diga não ao preconceito

Não dê espaço para piadas e deboche em relação a PCDs e contribua para que elas tenham uma vida mais digna, com espaços acessíveis onde possam se locomover com autonomia e conforto. A oferta de rampas e elevadores, por exemplo, garante dignidade à locomoção de pessoas com deficiência, adultos com crianças de colo e idosos. A falta de acessibilidade não é um problema do PCD, mas do estado e da sociedade.  

6 – Sou responsável por um estabelecimento público. Como promover a acessibilidade? 

Se você é responsável por um estabelecimento comercial, educacional ou espaços para prática de esportes, inclua a acessibilidade eficiente, com rampas, elevadores e informações em braile desde o início do seu projeto. Idealize seu estabelecimento como um local que qualquer pessoa possa frequentar, isso inclusive vai valorizar a marca. 

7 – Como atender uma pessoa com deficiência?

 Acolha e escute sobre o que ela precisa, lembrando que trata-se de uma pessoa única com necessidades individuais. Escute com atenção, sem pré-julgamentos e só depois ofereça sugestões, sempre de acordo com o limite da pessoa. Cuidado para não deixá-la envergonhada ou coagida. 

8 – PCD não é especial

A deficiência não deixa o indivíduo melhor ou pior que ninguém. É apenas uma condição, por isso, não use o termo “especial”. Busque orientações sobre capacitismo e adote esse conhecimento no seu dia a dia. 

9 – Como superar uma situação de preconceito?

Se você foi desagradável ou preconceituoso com uma pessoa com deficiência, seja sincero e exponha suas desculpas com delicadeza, reconhecendo sua responsabilidade. Aprenda com seus erros para não perpetuar a discriminação em outros ambientes e não insista no assunto se a pessoa não estiver confortável. A PCD não tem obrigação de ensinar sobre inclusão, há muita informação disponível na internet que vão ajudá-lo a entender e promover a inclusão.

Share on whatsapp
Share on telegram
Share on twitter
Share on linkedin
Share on google
Share on email