Janeiro branco: preconceito também afeta a saúde mental e leva ao adoecimento

Janeiro branco: preconceito também afeta a saúde mental e leva ao adoecimento

Refletir sobre o preconceito e como os comportamentos discriminatórios podem afetar a saúde mental do próximo é o meu convite para celebrar a campanha Janeiro Branco em 2022

A campanha Janeiro Branco é uma iniciativa brasileira que busca aproveitar o clima de esperança e renovação do início do ano para lembrar sobre a importância do cuidado com a nossa saúde mental. Tal bandeira é muito importante, afinal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo.

Pelo menos 9% da população convive diariamente com o transtorno de ansiedade, o que corresponde a aproximadamente 19 milhões de pessoas. Outra doença muito recorrente entre os brasileiros é a depressão, que atinge 5,8% da nossa população. Em 2022, o tema da campanha é sugestivo: “O Mundo Pede Saúde Mental”. 

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Preconceito causa estresse e afeta saúde mental 

Entre os fatores que podem causar adoecimento mental, quero destacar o preconceito. É fato que as pessoas que sofrem qualquer tipo de discriminação correm muito mais riscos de desenvolver depressão e ansiedade. Isso porque os preconceitos, entre outras consequências, provocam estresse nas vítimas, afetando hormônios e levando ao adoecimento. 

E aqui listamos uma infinidade de comportamentos discriminatórios que podem levar ao sofrimento mental: racismo, machismo, lgbtfobia e capacitismo são alguns exemplos de preconceitos que afetam a saúde de quem sofre. E atenção ao spoiler da Nana: o preconceito contra as pessoas que sofrem com transtornos mentais, a psicofobia, também é um comportamento discriminatório que pode agravar o quadro das vítimas. 

Doença mental não é drama 

As doenças mentais muitas vezes são incompreendidas por não serem visíveis. Não é raro chamarem de ‘drama’, ‘frescura’ ou ‘preguiça’ os comportamentos de quem tem  ansiedade ou depressão, entre outros transtornos. O caminho para desconstruir essa visão passa pela informação, algo que tenho me esforçado para trazer a todos os meus leitores e  seguidores. 

Nas minhas palestras e redes sociais, conto a minha história – que também tem passagens de adoecimento mental motivado pelo preconceito –  para gerar empatia e chamar atenção para a responsabilidade de todos em relação a comportamentos que podem provocar sofrimento no outro. Aqui eu conto um pouco sobre como a discriminação me afetou e me levou a reconhecer meu propósito de vida. 

Saúde mental é um direito de todos 

Viver com saúde mental é um direito e diz respeito a ter o equilíbrio emocional que gera capacidade de administrar a própria vida, lidar com as emoções e também reconhecer os próprios limites. É uma jornada, também, na busca pela qualidade de vida, o que passa por decisões individuais no jeito que conduzimos nossa rotina e também por investimentos dos nossos governantes em políticas públicas de promoção da saúde mental de todos. 

Encerro minha mensagem lembrando que aceitar o outro é dever de todos. Mesmo que individualmente tenhamos ‘opiniões’, no coletivo temos que respeitar a diversidade e a inclusão. Não adianta cuidar da própria saúde mental e continuar negando quem é diferente, pois isso gera sofrimento e adoecimento. 

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